» » Grupos e tropas especializadas no trabalho policial

* Siderley Lima


As unidades ou tropas especializadas permanecem em prontidão permanente para “Atuar em operações policiais onde haja grande risco de vida para as pessoas envolvidas”, tendo como especialidade principal: tiro de precisão, invasões táticas, descidas em rapel, gerenciamento de crises e negociação de reféns retomada e resgate de reféns ,  ocorrências com artefatos explosivos, operações e resgate em altura, roubos a bancos,  prisão de indivíduos  de alto periculosidade em ambiente confinado, atua ainda em rebeliões de presídios. Segundo Zambone[1]vários Grupos de Ações Táticas foram sendo criados ao redor do mundo, conforme a necessidade de responder aos eventos críticos que haviam surgido. Diversos desses Grupos realizam intercâmbios entre si, com a finalidade de encontrar soluções cada vez mais eficazes e desgastantes.

O cel Res PM/SP Vanderley Mascarenhas[2]  afirma que o  importante é frisar que não basta nominar um grupo com a designação “ Tática Especial”. Indiferente à farda e ao nome. Em outras palavras, o fundamental é o treinamento, a doutrina, a capacitação e principalmente as técnicas aplicadas pelo grupo,  rigorosos treinamentos são fundamentais, quando lidamos com vidas humanas não cabe o improviso. 

“Para aumentar as chances de sucesso na solução dos eventos críticos, a especialização, o adestramento e a organização de grupos táticos torna, sem dúvida, a atuação policial muito mais profissional, segura e eficiente no combate a criminalidade. Motivo suficiente para que as autoridades se convençam a manter, dentro de sua força policial, uma tropa especialmente treinada para situações críticas ou demasiadamente arriscadas”


No Brasil encontramos em varias corporações um grupo, equipe ou uma unidade de intervenções especializada em operações especiais ou em ações táticas especiais. Segue algumas unidades :


COT – Comando de operações táticas – Policia Federal :Grupo Especial do Departamento de Polícia Federal, foi criado em 13 de março de 1987, atua nas mais diversas missões e nos ambientes mais adversos.

BOPE – Batalhão de Operações Especias – PM/RJGrupo Especial da Policia Militar do Rio de Janeiro, extremamente qualificado e especializado em operações em ambientes hostis, como os conhecidos complexos de favelas do Rio de Janeiro.

T.I.G.R.E- Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial – Policia Civil/Pr

Criado em  30.10.90, dentro da  estrutura policial do Estado do Paraná no que tange à recuperação do refém e nas ações de resgate, quando impossível a solução de um impasse pela negociação. O Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial, composto de três grupos distintos, volta-se às ações específicas em delitos em que haja a figura de refém, tais como seqüestro, roubo, cárcere privado, violação de domicílio, extorsão mediante seqüestro e rapto.

NOE -  Nucleo de operações especiais/ Policia Rodoviaria Federal especializado para atuar em ações específicas - como em Operações de Controle de Distúrbios, Ações Táticas, Anti e Contra Bombas, Tiro de Precisão, ações em área de caatinga etc.
CORE – Coordenadoria de Recursos Especiais/ Policia Civil Rio de Janeiro. Destinada à intervenção policial em ocorrências que exijam excepcional adestramento, pela complexidade do trabalho e riscos que o envolvem.

GOE – GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS/ POLICIA CIVIL SP: O Grupo de Operações Especiais ou simplesmente GOE é a força de elite da Polícia Civil do Estado de São Paulo, no Brasil. Fundado em 1991, tem por função prestar auxílio às unidades policiais convencionais em ocorrências de alto risco, intervenção em ocorrências policiais com reféns e rebeliões no sistema prisional.

BOE- Batalhão de operações especiais- Brigada militar do RS.

GPI- Grupo de pronta intervenção/PF – Algumas Superintendencias da Policia Federal.

GOT: Grupo de operações táticas- Policia civil ES.

CIOE – Companhia Independente de Operações Especiais – PM Pernambuco

BME – Batalhão de missões especiais – PM Espirito Santo –

COE – Comandos e operações especiais /PM SP

GIR -  Grupo de intervenção rápida ( Secretaria de Adm Penitenciaria/SP )

BOPE – Algumas Policia Militares res do país possuem

GATE –  Algumas PMs possuem

BAEP- Batalhão de Ações Especiais de Policia-  PM/SP  O grupamento, que tem entre suas atribuições “ações de controle de distúrbios civis e de antiterrorismo, com atuação no interior de SP.

BEPE: Batalhão Especial de Pronto Emprego (BEPE) da Força Nacional:é a unidade de elite da  Força Nacional de Segurança Pública que foi criada em 2004 para atender às necessidades emergenciais dos estados, em questões onde se fizerem necessárias a interferência maior do poder público ou for detectada a urgência de reforço na área de segurança

         .Unidades do exterior:

SWAT-Na década de 70, com o surgimento de ações terroristas nos EUA e de situações criminosas mais graves como franco-atiradores em edifícios disparando contra a multidão, tomada de reféns e sequestros, as polícias aperfeiçoaram sua tática, baseando-se em unidades antiterror da Europa, surgiu, então, a Special Weapons and Tatics Teams (SWAT) – Equipes de Armas e Táticas Especiais.
GSG-9 - Grenzschutzgruppe-9
         Criado em 1973, na Alemanha, após o incidente ocorrido nas Olimpíadas de Munique, conhecido como “Setembro Negro”. Atualmente o GSG-9 é composto por três unidades distintas. As duas primeiras com um total de 100 homens e a terceira com 50 homens.

GIGN - Groupement d’Intervention de la Gendarmerie Nacionale
         Criado na França, por lei, em novembro de 1973, somente entrou em ação em 1º de março de 1974. Inicialmente levava o nome de ECRI - Equipe Commando Régionale d'Intervention. É um Grupo de Intervenção que atua nos mais diversos ambientes, quer seja por ar, mar ou terra. É considerado um dos Grupos Táticos mais eficazes da atualidade.

GEO – Grupo Especial de Operaciones
Criado na Espanha no final de 1977. Seus integrantes são recrutados na Policia Nacional da Espanha.

GOE – Grupo de Operações Especiais
Com sede em Lisboa/ Portugal tem as designações idênticas aos outros Grupos Táticos mundiais. Pertencente a PSP – Polícia de Segurança Pública, que teria as mesmas atribuições do Departamento de Polícia Federal no Brasil. 


Pra finalizar o assunto as tropas de elite são preparadas para as mais diversas funções e são empregadas de várias formas em diferentes ocorrências e ocasiões de alto risco, como: controle de rebeliões em presídios,  captura de foragidos,  escolta de presos,   escolta de autoridades, ameaças de bombas e desarmamento de explosivos,             sequestros e negociações com seqüestradores, cercos, bloqueios policiais,             controle de distúrbios civis, operações de resgate em altura , roubos a bancos (prevenção, combate e perseguição), incursões em favelas entre outras.


* GCM Siderley Lima: pós graduando em Gerenciamento de Crises, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, consultor de segurança, Supervisor da Seção de Cursos da GCM de Jandira, instrutor e integrante da ROMU, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros:  “Manual Básico do Instrutor de Armamento  Tiro”, “ Sobrevivência Policial no Confronto Armado e “ Manual de Segurança Preventiva “, Manual de Consultoria em Segurança empresarial” e Patrulhamento Tático”
siderleyandrade@yahoo.com.br

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